Associado à Escola de Frankfurt, o alemão Walter Benjamin é considerado por alguns estudiosos como o filósofo da melancolia. Filho de pais judeus, nascido em 1892, Benjamin teve uma curta carreira. Alinhou-se ao pensamento marxista anos antes do partido nazista assumir o poder na Alemanha, em 1933, quando decidiu exilar-se em Paris. O filósofo via na cidade luz uma grande fonte de inspiração para escrever seus ensaios e artigos para revistas literárias. Com a ocupação da França pelas tropas de Hitler, Benjamin empreendeu fuga sem sucesso, acabando por cometer suicídio, no ano de 1940, para não se entregar aos nazistas. Morreu aos 48 anos, mas viveu sonhando com a volta da paisagem de uma Europa que, então, encontrava-se em ruínas. Nesse sentido, o caráter melancólico do filósofo revela o anseio nostálgico representado pela relevância concedida ao ato de recordar. Continue reading
A Certeza Sensível
Na Fenomenologia do Espírito, uma das obras filosóficas mais importantes de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, temos a descrição das características gerais das figuras da consciência e suas diferenças em relação aos tempos históricos e às culturas. Continue reading
A Apologia de Sócrates
Contexto Histórico
Antes de falarmos sobre os principais pontos da defesa do grande sábio, descrita por seu principal discípulo, Platão, convém situarmos o contexto histórico em que se deram os acontecimentos.
Sócrates nasceu em 470 a.C. e foi condenado à morte no ano de 399 a.C., período de grandes transformações no mundo grego. Continue reading
Teoria do Medalhão: Kant, Freud e Ingenieros na obra machadiana
No conto Teoria do Medalhão, Machado de Assis nos brinda, mais uma vez, com sua fina ironia ao referir-se ao comportamento de certas figuras da sociedade.
Por meio de um diálogo entre pai e filho, o autor expõe o caminho para tornar-se um homem medíocre ou, como ele prefere chamar sarcasticamente, um ‘medalhão’. Continue reading
A “Sociedade dos Poetas Mortos” e o transcendentalismo de Walt Whitman
O filme “Sociedade dos Poetas Mortos” mostra o drama vivido por alunos do segundo grau em um colégio com parâmetros rígidos de ensino e conduta racionalizantes com o objetivo de prepará-los para a formação superior sob o lema “tradição, honra, disciplina e excelência”.
O professor John Keating, interpretado pelo ator Robins Williams, vem à cena para mudar o modo com que os alunos veem o mundo. Com métodos nada ortodoxos em relação às diretrizes daquela instituição, Keating abusa de talento e sabedoria para inspirar seus alunos a perseguirem suas paixões individuais tomando as rédeas de suas próprias vidas e buscando um caminho de felicidade, mas sem desprezar o bom senso que essa caminhada exige. Continue reading
As Categorias de Aristóteles
Aristóteles inaugurou um novo modo de fazer ciência, através de um modelo axiomático dedutivo, em que categoriza os pensamentos através de argumentos justificáveis, as premissas, para atingir uma conclusão necessária (ou não) de raciocínio formal, através de inferências que conectem as ideias apresentadas. Continue reading
Breves considerações antropofágicas
Ao procurarmos o sentido etimológico da palavra “antropófago”, constatamos que ela vem do grego “anthropos” + “phagein”, que significam, respectivamente, homem e comer. No senso comum, denota comer uma ou várias partes de um ser humano. No entanto, ao aprofundar-se no conceito, comumente chamado de canibalismo, merece relevante destaque o fato de tratar-se de um ritual, Continue reading
Manifesto Antropófago – Oswald de Andrade
Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question. Continue reading
Análise poética da música “Construção” de Chico Buarque
Pensei em fazer uma análise da obra de Chico Buarque, Construção, mas só consegui em forma de outra poesia. Longe da perfeita concatenação de ideias do poeta que a compôs com rimas tônicas terminadas em proparoxítona, mas em versos livres de uma iniciante.
O problema referente ao conceito de filosofia cristã à luz da perspectiva proposta por Étienne Gilson
Para Étienne Gilson, não há como pensar a filosofia medieval sem falar em uma filosofia cristã e, no seu papel de historiador, não lhe caberia desconsiderá-la, sob pena de limitar a informação da realidade histórica. O autor ressalta que a questão mais importante é de ordem filosófica, não objetivando saber se houve cristãos filósofos, mas se pode haver filósofos cristãos. Continue reading